Mudança ou paliativo profissional?

Aviso amigavelmente que você pode não gostar da minha opinião. Este artigo antes de mais nada é para que possamos abandonar a teimosa sonolência (e me incluo aqui) de buscar corrigir os sintomas e partir para a vigília da correção implacável da causa dos problemas.

Se você já tomou um comprimido para dor de cabeça e não foi atrás da causa, você sabe por experiência própria o que é um paliativo.

Estamos acostumados com o conceito quando se trata da saúde de doentes hospitalizados, daqueles que o sistema ajuda a minimizar a dor antes do fim…

Mas e os paliativos que usamos todos os dias para não lidar com as causas dos problemas reais da nossa existência?

Considere relacionamentos negligenciados: o presente de última hora, a ligação telefônica para “não ficar chato”, a falsa preocupação, as pequenas mentiras dos “está tudo bem, eu te amo, não foi nada”. E os sintomas vão mascarando a situação até que a causa fica tão grande que não tem remédio que cure nem peneira que tampe o sol.

E agora os paliativos profissionais… Acompanhando as redes de relacionamentos profissionais, físicas ou digitais, a sensação que dá é que muita gente vive em busca de paliativos: o próximo emprego, o cliente que irá mudar o jongo. Infelizmente, a enorme probabilidade é que isso é temporário.

Sou a favor de paliativos: com certeza! Mas somente como medida de curto prazo e não como solução, pois o próprio nome diz: é paliativo, não é solução.

É claro que precisamos de um emprego, precisamos de clientes, precisamos pagar as contas. O problema realmente está quando não vamos atrás da causa de não ter (ou ter perdido) um emprego, de não termos clientes suficientes, e por aí vai.

O mercado não está fácil. Temos boas justificativas: economia, política, etc. Ter um trabalho neste país, ser dono de uma empresa está se transformando em um privilégio. Meus sentimentos vão para todos os desempregados e todos que estão fechando suas portas.

Mas o fato é não adianta achar um culpado se não vamos atrás da causa e do problema real. Pois se consigo um emprego hoje, quem me garante que conseguirei outro no ano que vem? Se consigo fechar as contas da empresa neste mês, quem me garante que vai acontecer de novo no mês seguinte?

Estamos preparados para nos manter empregados? Somos vitais para as empresas? Temos formação e competências desejadas no mercado? Estamos preparados para atrair e reter clientes nos momentos de alta e baixa do mercado?

A solução é ir na raiz do problema. Capacitação contínua naquilo que os empregadores e clientes desejam. Não naquilo que achamos que é importante. Uma vez mais, precisamos entender o que as empresas querem, o que nossos clientes querem.

Que você possa buscar a causa dos problemas e cortar o mal pela raiz.

PS1. Se você é empresário, talvez queira conhecer os maiores vilões destruidores de empresas. Livro gratuito.

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Carlos Hoyos é Coach Executivo e Empresarial, especialista em elevação de performace e Networking Profissional. Ajuda líderes e empresário a levarem suas empresas, suas carreiras e seus negócios a novos patamares de sucesso e realização. Já liderou equipes e projetos multidisciplinares, multi-sites e multi-culturais na IBM Estados Unidos e Motorola Brasil.

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