Como você pode estar matando oportunidades sem saber…

“Toda generalização é burra”, diz um dos maiores coaches do Brasil. Acho que ele estava certo, incluindo a própria generalização que ele mesmo faz.

De qualquer forma, por qual razão generalizamos?

Uma das maiores razões para isso é que nosso cérebro é “preguiçoso”, quer economizar energia o tempo todo, e para isso busca caminhos conhecidos, padrões pré-estabelecidos.

Quando generalizamos, colocamos pessoas, eventos, situações em caixinhas. Isso simplifica nosso processo de tomada de decisões. Mas…

A generalização produz consequências desastrosas: estamos literalmente matando oportunidades preciosas.

Edward de Bono, criador do “lateral thinking”, tem uma analogia genial do processo de generalização. Nosso cérebro é como uma série de funis. Cada ideia nova, novo input, nova percepção cai do céu como uma bola. Se temos funis com bocas muito largas, cada ideia nova cai num funil existente e a ideia recebe uma categoria de algo “conhecido”.

Quanto mais larga a boca do funil, menos categorias temos, e maior a nossa tendência de generalizar tudo. Novas categorias são formadas quando bolas atingem o chão, sem passar por funis.

Se você (assim como eu e o resto da população humana), tende a generalizar você está simplesmente seguindo o desejo do seu cérebro de economizar energia. A questão é que no longo prazo, esse desejo cerebral de economizar energia é realmente uma plano suicida.

Ficar na zona de conforto, economiza energia. Não entrar em situações desafiadoras, economiza energia. Mas para quê economizar tanta energia? Economizamos energias e acabamos gordos, preguiçosos, pouco criativos, desleixados, improdutivos.

Se nós temos energia, precisamos queimar a energia da forma mais inteligente possível. Quando ouvirmos algo novo, vamos gastar energia buscando entender as nuances de algo novo, diferente, original, sem preconceitos, sem pré-julgamentos.

Para sermos líderes, empresários, executivos, seres humanos bem-sucedidos precisamos reaprender a nos deslumbrar com o novo dentro do “velho”. Devemos ser novamente crianças que aprendem com o banal, com as mesmas pessoas e situações, vendo o que “os adultos” não conseguem ver.

Boas redescobertas para você. Crie novas categorias a cada dia. Ou melhor, jogue fora as categorias. E que você possa encontrar o novo em cada situação.

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Carlos Hoyos é especialista em elevação de performance executiva/empresarial. Ajuda empresários e influenciadores a desenvolverem suas empresas, seus negócios e carreiras. Já liderou equipes e projetos multidisciplinares, multi-sites e multi-culturais na IBM Estados Unidos e Motorola Brasil.

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